| A violência e suas origens - {Parte 1} |
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Porque o mundo hoje é tão violento e porque as pessoas assimilam tão automaticamente a violência? Haveria um motivo oculto na história da humanidade paras que tudo seja hoje assim? Vamos refletir através de todo o Velho Testamento, observando que existem sim motivos muito fortes para que o mundo seja tão violento quanto é hoje!
A origem da violência é até hoje desconhecida, pois vemos que ela não pode ser "medida" da forma convencional e também ela só é notada a partir do momento em que pessoas se reúnem para dar vazão a esta manifestação da alma e espiritual do ser humano. Suas causas são diversas e suas conseqüências sempre trazem consigo dor, angústia, ferimentos (quer sejam físicos ou na alma) e às vezes até a morte! Consideremos então a violência, procurando sempre nos ater às suas causas, efeitos e também às considerações bíblicas sobre isso.
A origem da violência
A palavra "violência" na bíblia é HAMAS, que significa, "injustiça, ser violento com, tratar violentamente". A palavra é usada freqüentemente como idéia de violência pecaminosa. É também sinônimo de extrema impiedade. Observamos que a primeira ocorrência desta palavra na Escritura ocorre em conexão com outro termo muito forte: Shahat, que significa cova, destruição, túmulo (corrupção). A palavra liga-se com o conceito de Sheol (mundo dos mortos). Em Gn 6.11 lemos: "A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência". Aqui, literalmente, a terra (mundo) está na cova, no túmulo e se parece muito com o Sheol e por isso ela encheu-se de violência pecaminosa! A associação feita entre "corrupção" e "violência" é assustadora e demonstra que o estado do mundo determina seus aspectos vivenciais e também atrai a ira de Deus! No verso 13, o Deus Criador ordena o fim de todas as coisas. O motivo: a violência (hamas). O resultado: "...as desfarei com a terra...". A palavra aqui traduzida por "desfarei" é Shahat e significa "levá-los ao túmulo, à morte". Deus havia decidido acabar com tudo isso (o mal sobre a terra) e dar-lhe a retribuição por seus atos pecaminosos violentos: a morte eterna! Isso fica claro aqui, pois somente oito pessoas (Noé e sua família) são
salvos da grande catástrofe que vem sobre a humanidade!
Os comandantes da violência
A violência é uma das conseqüências da queda do homem. E é lógico que há um interesse do inferno em intensificar cada vez mais a violência, pois ela é contrária aos princípios bíblicos e desnecessária na resolução de qualquer problema. A violência está explícita na queda de Satanás: "Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas" (Ez 28:16). Aqui ele peca por "transportar mercadorias"! Mas qual era a mercadoria que ele vendeu aos outros anjos?
A traição ao Deus Eterno e a possibilidade de serem "deuses" como o Senhor! A palavra usada para traduzir "comércio" em hebraico é rekullâ que vem da raiz rakîl (caluniador)! Ou seja, ele conquistou "adeptos" através da mentira e calúnias contra o Eterno! Estes atos fizeram com que sua natureza fosse transformada totalmente. Agora, o que aconteceu foi isso: Lúcifer, outrora parceiro do Deus Eterno se transforma em opositor violento à Deus e a tudo que lhe diz respeito! Na Tanach (Velho Testamento) conhecemos NIMRODE, que é mencionado em Gênesis 10:8-12. Ele foi famoso por ter sido um poderoso caçador e guerreiro. O Dicionário Ilustrado da la Bíblia, em espanhol, Caribe, 1974, p. 452, diz que alguns autores associam-no com o deus Babilônico Ninurta.
A Bíblia diz: "O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinear. Daquela terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir e Calá... e Resen" (Gn 10:10,11). Ela também diz que foi bisneto de Noé, filho de Cuxe o qual foi filho de Cão. Numa ministração, quando se travava uma batalha espiritual, houve uma "confissão" de um espírito das trevas. Leiamos e consideremos então suas palavras:
"O espírito disse: "Nimrode desceu do segundo céu e entrou no útero de uma mulher e tomou a criança e deu a ela o seu próprio nome. Essa criança fundou Babilônia. Nimrode não está na terra agora. Ele está se preparando para o Armagedon".
Essa informação confirma o que o principado disse a respeito de Nimrode, isto é, que o espírito de Nimrode entrou numa criança (o que foi associado com o início da Babilônia) e mais tarde, veio a ser um poderoso guerreiro. O principado disse que Nimrode, o espírito, é um anjo caído, que é um grande guerreiro. Ele está encarregado de todas as forças Satânicas e está presentemente no segundo céu. Ele está engajado na preparação do exército de Satanás para o Armagedon. A ministrante pergunta sobre NINRODE: "disse que é comandante geral de batalha e guerra das sombras. Ele tem objetivo de ganhar o Armagedon. Nós podemos concluir então algumas coisas:
Em primeiro lugar, vemos que Ninrode foi o fundador de Babilônia (Babel)! Daí surgiu o sistema maligno que está vigente até o dia de hoje! O que estaria por trás da "fundação" desta cidade e da implantação deste sistema? Existia e ainda existe uma intenção de gerar-se um "monopólio" satânico em torno do sistema do mundo. Por isso o inferno destaca espíritos poderosos para, através de estratégias bem definidas, estabelecerem seus propósitos e atingirem seus objetivos. Um destes objetivos é a implantação da violência no mundo! O sistema de Babilônia é baseado nas leis do inferno! Leis que não são cumpridas, a riqueza se exalta sobre a pobreza, a injustiça impera sobre a justiça, a escravidão é a tônica em todos os aspectos, quer seja física, mental (da alma) ou espiritual! Em segundo lugar, está havendo um "preparo" através de ministrações diárias feitas em todo o mundo, incitando e preparando o mundo para aceitar a guerra e a violência como algo normal! A mídia "bombardeia" as mentes dos homens de múltiplas formas para aceitarem isso como algo "natural" nos dias de hoje! Este preparo visa o momento em que o mundo se encontrará com o juízo de Deus em Armagedom, ou Jezreel (que em hebraico significa: "Deus espalha").
O final da história nós já conhecemos: todos os exércitos infernais, inclusive Lúcifer, Ninrode e todos os demais serão derrotados e humilhados por aquele que já os venceu: Jesus Cristo, o Leão da Tribo de Judá! Violência verbal
Como distinguir entre violência e violência? Quais formas ela assume? Seria apenas física? Percebemos que Ninrode comanda espíritos menores para incitar níveis de violência a partir de simples palavras. Aqui estão também exemplos de manifestações verbais desta violência na Escritura. Em Gn 16.5, Sarai explode toda a sua dor contra Abrão quando lhe diz: "....meu agravo (hamas - violência) seja sobre ti...". Ali ela "desabafa" e reclama da injustiça que tem sido feita contra ela por Hagar, e neste momento Sarai coloca o Eterno como mediador entre si e Abrão: "...o Senhor julgue entre mim e ti...". Sarai estava apenas recebendo a conseqüência de uma atitude impensada e que agora trazia sobre ela um desconforto familiar muito grande, pois o amor de seu marido (que legitimamente deveria ser dedicado à ela), agora é externado à sua serva (empregada) que deu a Abrão o filho que ele tanto desejara! A testemunha "falsa" é também um caso de violência.
Em Ex 23.1 está escrito: "Não admitirás falso boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa". A palavra traduzida por FALSA em hebraico é hamas. Vejamos a associação que Moisés faz do "falso rumor" (falar mal de alguém sem provas) e a sua conexão do povo de Deus com tais pessoas, que testemunham com palavras violentas, duras. Isso chama-se mentira ou então, "faltar com a verdade". Na passagem paralela em Dt 19.16 a testemunha "violenta" (falsa) da qual estamos falando, deve receber a paga daquilo que plantou: "far-lhe-ei como cuidou fazer a seu irmão..." (vv. 19). Ou seja, a mesma mentira que foi dita por aquela pessoa lhe atrairia juízo de Deus por Ter sido dita! Existe ainda uma outra categoria de violência: os pensamentos! Em Jó 21.27 está escrito: "Eis que conheço bem os vossos pensamentos; e os maus intentos com que injustamente me fazeis violência". Aqui Jó fala de pensamentos e intentos (intenções), cujos resultados são a liberação de palavras que ministram no reino do Espírito e permitem que os inimigos atuem, pois a atuação do mal só pode ter lugar quando lhe damos direito legal através das palavras... O salmista Davi fala disso de uma forma bem contundente: "A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua própria cabeça" (Sl 7:16). Aquilo que dissemos sobre "ministrar" ou "desejar" aos outros aqui tem o seu resultado: a violência (em palavras ou atos) retorna para aqueles que a enviou!
Podemos chamar a isso de "efeito bumerangue" e o Senhor não vê essas atitudes com bons olhos! Vejamos em Sl 11.5 o que diz a Palavra: "O Senhor prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua alma". Novamente o salmista diz: "Olha para os meus inimigos, pois se vão multiplicando e me odeiam com violência cruel" (Sl 25:19). Há também outra referência que diz: "Não terá firmeza na terra o homem de má língua; o mal perseguirá o homem violento até que seja desterrado" (Sl 140:11). A herança do violento é ser perseguido pelo mal! O livro de provérbios nos fala algo interessante sobre a vida: "Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência" (Pv 13:2). Está claro que o trabalho humano, em sua essência, é feito através de palavras! O resultado do trabalho colhido pelos "pecadores" é que ele participará da violência! Davi fala destas pessoas que vivenciam a violência de forma febril em seu dia-a-dia: "Não me entregues à vontade dos meus adversários; pois se levantaram falsas testemunhas contra mim, e os que respiram violência" (Sl 27:12).
Ele continua seu raciocínio mostrando que aquilo que os homens dizem é violência: "Despedaça, Senhor, e divide as suas línguas, pois tenho visto violência e contenda na cidade" (Sl 55:9). Estas pessoas são especialistas em "gerarem" violência! E tudo inicia-se com a língua! Palavras que geram violência!
Em Provérbios 4.17 está escrito: "Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência". A violência é relacionada com coisas cotidianas como comer e beber! Eles "bebem" vinho da violência! O que acontece na cidade onde vivem tais pessoas? "Antes no coração forjais iniqüidades; sobre a terra pesais a violência das vossas mãos" (Sl 58:2). Os pensamentos destes homens transformam-se em atos violentos! Isso é tão normal para eles que "Por isso a soberba os cerca como um colar; vestem-se de violência como de adorno" (Sl 73:6). E ainda há um agravante: o violento leva outros a seguí-lo! "O homem violento coage o seu próximo, e o faz deslizar por caminhos nada bons" (Pv 16:29).
Isto tudo acontece porque os homens escolheram servir a um "deus" violento! Diz-se sobre o pacto de Deus com seu povo: "Atende a tua aliança; pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de violência" (Sl 74:20). Asafe declara que existem lugares na terra que são "tenebrosos" por serem "moradas de violência!" Sobre a quebra da aliança com o Altíssimo há uma comparação intensa em Provérbios: "Bênçãos há sobre a cabeça do justo, mas a violência cobre a boca dos perversos" (Pv 10:6). Novamente em 10.11 está dito: "A boca do justo é fonte de vida, mas a violência cobre a boca dos perversos". A atitude de Deus quanto a isso é: Ele quer extirpar do meio do seu povo este tipo de atitude violenta que agride, machucam e até destróem a vida de seu povo, tirando-lhes até mesmo a oportunidade de continuarem sua caminhada ao lado do Senhor!
Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
| A violência e suas origens - {Parte 2} |
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Livramento da violência
Davi ilustra de uma forma muito boa o que significa ser "livrado da violência". Em II Sm 22.3 ele canta ao Senhor (e aqui ele é chamado de Elohim, o Deus Criador) e fala-lhe sobre o livramento recebido da violência (hamas). Davi neste verso chama o Senhor de rochedo, de escudo, de alto retiro e refúgio, além de afirmar que ele foi seu Salvador e que o livrou da violência destrutiva de seus inimigos! Esta consciência foi gerada em Davi não somente por seu conhecimento acerca de Deus, mas muito mais por sua vivência com Deus! Ele participara de muitas lutas e batalhas e em todas elas o Senhor o havia feito vencedor e manteve sua vida intacta! Davi reconhecia então os livramentos de Deus contra seus inimigos (II Sm 22.49) "E o que me tira dentre os meus inimigos; e tu me exaltas sobre os que contra mim se levantam; do homem violento me livras" (grifo nosso). Aqui vemos claramente o cumprimento da palavra que nos diz: "O anjo do senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Sl 34.7).
Em I Cr 12.17 Davi recebe "reforço" de vários valentes que uniram-se à ele em seu reino. Porém, em seu discurso ele declara que se unirá pacificamente à eles caso venham ajudá-lo; porém se seu intuito é entregá-lo aos inimigos, sem que haja violência em suas mãos... Nossa tradução diz assim: "E Davi lhes saiu ao encontro, e lhes falou, dizendo: Se vós vindes a mim pacificamente e para me ajudar, o meu coração se unirá convosco; porém, se é para me entregar aos meus inimigos, sem que haja deslealdade nas minhas mãos, o Deus de nossos pais o veja e o repreenda". A palavra traduzida por deslealdade é hamas. Existe uma diferença muito grande entre deslealdade (que é uma falha moral) para violência destrutiva, maligna, algo que gera morte de outrem! Podemos afirmar que as guerras travadas por Davi contra seus inimigos (e consequentemente, os atos violentos que eram gerados ali) eram as guerras do Senhor! Sim, as violências ou atos violentos ali gerados por Davi e seus valentes eram tidos como juízos de Deus contra aqueles que haviam enchido o cálice da ira do Senhor!
A violência "santa"
Existem formas de violência que foram "permitidas" ou "suportadas" por Deus, pois tais atitudes tornaram-se instrumentos de juízo utilizados por Deus contra os inimigos de Israel. Há um "incidente" descrito no capítulo 34 de Gênesis, onde Diná, filha de Jacó é seqüestrada, mantida cativa, estuprada e humilhada por Siquém, filho de Hamor. Depois de ocorridos estes fatos, Siquém e Hemor vão até Jacó e seus filhos para negociarem o "casamento" e a aliança entre os dois povos (hebreus e heveus). Os filhos de Jacó aceitam, de forma surpreendente a aliança! Porém, fazem uma exigência: que todo varão heveu seja circuncidado! Os heveus concordam, circuncidam-se e ao terceiro dia, a cidade é visitada por Simeão e Levi, irmãos de Diná que matam à todos os homens que ali residiam.
Diná é resgatada e retornam então para casa. Mais adiante no mesmo livro de Gênesis, Jacó antes de sua morte, abençoa e profetiza sobre a vida de seus filhos, de forma a determinar inclusive qual seria o futuro de cada um deles, e libera uma bênção, no mínimo estranha sobre Simeão e Levi, dizendo: "Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência" (Gn 49.5). Aqui é profetizado por Jacó que estes dois irmãos teriam uma conduta "violenta" e que esta atitude produziria divisão e os espalharia em Israel (Gn 49.7). Notemos que a violência nunca é boa, é porém "tolerada" por Deus, trazendo sobre si conseqüências "naturais" geradas por ela mesma: divisão e dispersão entre irmãos!
O Messias e a violência
O profeta Isaías nos fala sobre o caráter do Messias que viria para remir a humanidade! Em Is 53.9 está escrito: "E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano (violência) na sua boca" (grifo nosso). Haverá, segundo Isaías, uma recompensa aqueles que amam e esperam pelo Messias: "Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, desolação nem destruição nos teus termos; mas aos teus muros chamarás Salvação, e às tuas portas louvor" (Is 60:18). Quando isso ocorrerá? No reinado do Messias, Israel voltará a ser o centro das atenções de todo o mundo e ali se concretizarão as promessas do Eterno dadas à eles desde sempre!
Os servos (filhos de Deus) desobedientes: o que acontece à eles?
A condição para ser abençoado é somente uma: obedecer! Mas o contrário é também verdadeiro! Vejamos a opinião de Jeremias: "Como a fonte produz as suas águas, assim ela produz a sua malícia; violência e estrago se ouvem nela; enfermidade e feridas há diante de mim continuamente" (Jr 6:7). A cidade onde habitam os desobedientes tem também suas características: ela produz violência! E ainda existem alguns que se queixam e perguntam: "Quando, pois, disseres no teu coração: Por que me sobrevieram estas coisas? Pela multidão das tuas maldades se descobriram as tuas fraldas, e os teus calcanhares sofrem violência" (Jr 13:22). Os "desviados" ou desobedientes vêem a Palavra do Senhor ter outra aplicação para eles: "Porque desde que falo, grito, clamo: Violência e destruição; porque se tornou a palavra do Senhor um opróbrio e ludíbrio todo o dia" (Jr 20:8). Eles agora vivem a vergonha de conhecerem à Deus e receberem o "avesso" de sua Palavra! Parece que por mais que clamam, não são ouvidos e estão distantes do Deus Eterno!
Os ricos parecem Ter uma "inclinação" à violência por não terem a consciência da necessidade que tinham de Deus! Isso está expresso em Mq 6.12: "Pois os ricos da cidade estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras, e a língua deles é enganosa na sua boca". Há uma associação entre a violência e a mentira! Os mentirosos, em cuja boa está o engano, são sempre violentos! Isso é resultado de sua "filiação" com o inferno! O castigo pela desobediência vem do próprio Senhor: "E arrancou o seu tabernáculo com violência, como se fosse a de uma horta; destruiu o lugar da sua congregação; o SENHOR, em Sião, pôs em esquecimento a festa solene e o sábado, e na indignação da sua ira rejeitou com desprezo o rei e o sacerdote" (Lm 2:6). É também nos dito sobre a casa de Judá (o povo de Israel):
"Então me disse: Vês isto, filho do homem? Há porventura coisa mais leviana para a casa de Judá, do que tais abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz" (Ez 8:17). Os atos do seu povo foram levianos e encheram a terra de violência! As atitudes do próprio povo de Deus, desviado de seus caminhos produziu violência! Eles mesmos deram direito ao inferno de atuar, liberando assim uma torrente de violência sobre a terra!Nós, os santos do Senhor somos os únicos capazes de conter a violência!
Nossas orações, intercessões e atos proféticos é que fazem a diferença neste caso! Por isso a palavra nos diz que eles irritaram ao Senhor! Eles fizeram justamente ao contrário do que deveriam, e assim, incitaram à Deus contra eles mesmos! O profeta fala-nos de seu dia-a-dia de forma triste, algo que seria confuso, conturbado, justamente por causa da violência! "E dirás ao povo da terra: Assim diz o Senhor Deus acerca dos habitantes de Jerusalém, na terra de Israel: O seu pão comerão com receio, e a sua água beberão com susto, pois a sua terra será despojada de sua abundância, por causa da violência de todos os que nela habitam" (Ez 12:19).
Até mesmo a classe sacerdotal violentou a palavra do Eterno: "Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles" (Ez 22:26). Os líderes do povo de Deus fizeram da violência o seu tesouro, por deixarem e até desconhecerem a retidão! "Pois não sabem fazer o que é reto, diz o Senhor, aqueles que entesouram nos seus palácios a violência e a destruição" (Am 3:10). Estes líderes alongam (ou estendem) o dia mau (os dias em que praticam o mal) e esperam a proximidade do lugar da violência, esperam e assim sucede: "Ó vós que afastais o dia mau e fazeis que se aproxime o assento da violência" (Am 6:3).
Aconteceu um episódio interessante com o profeta Jonas, pois ele recebe uma ordem do Senhor: ir à Ninive e pregar a Palavra aos habitantes daquela cidade! Ele tenta fugir para Társis e é "levado" por Deus para que seus propósitos em Nínive! O resultado esperado da pregação de Jonas foi que "mas sejam cobertos de saco, tanto os homens como os animais, e clamem fortemente a Deus; e convertam-se, cada um do seu mau caminho, e da violência que há nas suas mãos" (Jn 3:8). A humilhação do povo daquele lugar fez com que eles abandonassem seu mau caminho e a violência que havia em suas mãos! O objetivo foi alcançado através da pregação!
O futuro e a violência
O profeta Habacuque fala sobre o futuro "Dia do Senhor" em que os inimigos do povo de Deus virão com violência sobre o seu povo! "Eles todos vêm com violência; a sua vanguarda irrompe como o vento oriental; eles ajuntam cativos como areia" (Hc 1:9). Através desta escritura entendemos que tais inimigos terão vitórias não definitivas sobre o povo de Deus! Mas há também o reverso do que acontecerá à eles: "Visto como despojaste muitas nações, os demais povos te despojarão a ti, por causa do sangue dos homens, e da violência para com a terra, a cidade, e todos os que nela habitam" (Hc 2:8). A promessa que eles também receberiam a derrota e também seriam "despojados" por causa do sangue derramado e da violência exercida contra a terra, a cidade e seus habitantes! O veredito final já foi dado: "Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis" (Ml 2:16).
O Senhor nos informa aqui que há um sentimento ruim em seu coração quanto à separação de seu povo para com Ele! Ele pretende manter seu povo sempre unido à ELE! Porém, existem pessoas que abrigam dentro de si a violência e não querem abrir mão de seus pensamentos, palavras e atos! O Senhor então nos chama à fidelidade! Existe então alguma saída para tal situação? A resposta é um sonoro Sim! O que fazer então? "Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar" (Jr 22:3).
Existe também um processo de "retribuição" que é desencadeado pelo Eterno quando seu povo novamente retorna à Ele! Jeremias diz assim:
"A violência que se fez a mim e à minha carne venha sobre Babilônia, dirá a moradora de Sião; e o meu sangue caia sobre os moradores da Caldéia, dirá Jerusalém" (Jr 51:35).
Haverá um dia, quando todo o processo de violência terá sua retribuição final "Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre" (Ob 1:10); aqui os inimigos de Israel e do povo de Deus serão exterminados para sempre!
O Hamas e Israel
Como já vimos, Hamas é o princípio de toda a violência no mundo, e hoje mais particularmente contra a nação de Israel. Hamas é também o nome de um grupo terrorista que atormenta Israel regularmente com seus ataques suicidas, com atentados à bomba, com seqüestros, etc... Seu objetivo: trazer violência contra a nação de Israel! Isso ocorre porque este grupo palestino não concorda com a existência da nação de Israel! Não parece algo bárbaro! Os palestinos lutam através deste grupo (também) para desestabilizarem a nação de Israel e para se "vingarem" da "ameaça judaica" nas terras que consideram "sua herança"! Esta é uma luta que praticamente não terá fim, pois os espíritos de demônios envolvidos nela são antiquíssimos e já militam há muito contra Israel! Somente existe um que é capaz de por fim à tudo isso: Yeshua Há Mashiach (Jesus o Messias)! E muito em breve ele porá fim à essa situação, implantando seu reino de paz (shalom) sobre a terra! Que esse tempo venha e cumpra-se tudo o que está escrito!
Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!