outubro 19, 2010

Yom há Shoá - Dia do Holocausto

Yom há Shoá - Dia do Holocausto.



A Bíblia em Bytes online - Revista Eletrônica
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O Holocausto é uma das mais tristes lembranças que o povo Judeu tem nestes tempos modernos. Foi neste tão trágico evento que morreram seis milhões de judeus num cruel massacre orquestrado por Adolf Hitler. No dia dois de maio de 2000, comemora-se em todo o mundo esta data tão triste, porém tão significativa!

HOLOCAUSTO
CUMPRIMENTO PROFÉTICO DE EZEQUIEL 37


Uma das profecias mais dramaticamente cumprida em nossa geração, diz respeito a Ezequiel 37 - O Vale de Ossos Secos. A nação seria praticamente destruída, reduzida a vales de ossos secos, antes de sua "ressurreição". Para uma idéia mais clara dos acontecimentos que culminaram com a Segunda Guerra Mundial e a morte de 6 milhões de judeus, valemo-nos de informações extraídas dos livros de BEN ABRAHAM, famoso escritor judeu.

1) - OS JUDEUS NA ALEMANHA
"Até a Alemanha tornar-se nazista, os judeus desfrutavam dos mesmos direitos constitucionais que os alemães. Participavam da vida cultural, científica e política da Alemanha, que de fato era a sua Pátria.

Entre inúmeras celebridades basta mencionar: Heine, Mendelsohn, Paul Ehrlich e Einstein. Milhares de judeus tombaram pela Alemanha em 1870, e durante a I Guerra. Muitos judeus ocuparam altos postos na administração pública. Quase 12 mil judeus foram condecorados por bravura, com a Cruz de Ferro (Eisernes Kreuz).

Devido a essa liberdade, o índice de assimilação entre judeus-alemães era o mais alto na Europa.

A crise que surgiu na Alemanha, após a derrota na I Guerra, teve como conseqüência um Adolf Hitler que na sua doutrina Nacional Socialista, escolheu um "bode expiatório": os judeus. No seu "evangelho" Mein Kampf, ele pregava o extermínio dos judeus, povo que ele culpava por tudo que havia de errado (Die Juden sind am allem schuld). A partir de 1928, atos isolados de violência e esporádicas surras aplicadas a judeus pelos adeptos da SA, tornaram-se cada vez mais comuns. As casas e lojas judias foram pichadas com a cruz suástica e com dizeres anti-semitas.

Um mês após Hitler ter assumido o poder, em 11 de abril de 1933, foram baixadas as leis arianas. As perseguições prosseguiam. Prisões em massa e internamentos, sem processos, nos recém-construídos campos de concentração; o boicote econômico; congelamento de contas bancárias dos judeus; a proibição de ocupar qualquer função pública. Depois veio a proibição de exercer as suas atividades comerciais, as profissões liberais, inclusive a medicina.

Em 15 de setembro de 1935, foram editadas pelo Reichstag, as leis de Nuremberg. Essas leis reforçavam os decretos anti-semitas. Tratavam da pureza do sangue ariano e estipulavam pesadas penas de prisão para os alemães que mantivessem relações matrimoniais ou extra-matrimoniais com judeus, com a pena capital para os judeus.

Para os arianos casados com judeus antes desta lei, havia uma opção: abandonar o cônjuge, declarando nulo o casamento, ou ser declarado judeu.

Os filhos desses matrimônios eram considerados judeus, salvo quando a mãe ariana fazia uma declaração pública, de que seus filhos eram bastardos, fruto da relação com seu amante ariano. (Caso do general Milch - filho de um casamento misto).

Estabelecimentos judaicos começam a ser confiscados e entregues aos freuhander (Comissários) alemães.

Aos judeus ficou proibido o acesso aos jardins públicos e aos espetáculos nos teatros e cinemas" (Izkor, pg. 7 e 8).

2) - OCUPAÇÃO DA EUROPA
"Com a eclosão da Guerra, em 1° de setembro de 1939, a perseguição aos judeus entrou em nova fase. Uma fase repugnante, horrenda, macabra, funesta.

Ao término de cada nova conquista, as forças alemãs, tanto da SS, da Gestapo, como do Wehrmacht, empreenderam um diabólico plano contra os judeus.

Todos os meios de propaganda foram usados, para estimular o anti-semitismo entre a população local.

À medida que as tropas nazistas entravam num País, a liberdade dos judeus deixava de existir. Os mais destacados eram presos e executados. Eles eram caçados nas ruas para serem encaminhados aos trabalhos forçados, sob chicotadas. Espancados, os religiosos tinham as barbas cortadas e arrancadas.

Em 03 de setembro, logo no início da campanha na Polônia, a Wehrmacht organizou um sangrento massacre contra a população judia de Bydgoszes, depois em Rawa Mozowiecka e Ostrov. Os soldados alemães pilhavam, roubavam, incendiavam as casas e os judeus não se atreviam a sair às ruas.

A Gestapo montou a sua máquina de "problema judaico". Seguiram-se confiscos, aplicação de pesadas multas coletivas e deportação em massa.

Para os judeus foi decretado o toque de recolher e a proibição de transitarem pelas principais ruas e nas calçadas em geral. As sinagogas foram incendiadas, os livros sagrados profanados. Era proibido o culto religioso, sob pena de morte.

Os judeus eram obrigados a usarem distintivos: braçadeiras com a Estrela de Davi, na Polônia ocupada (general Gouvernement), ou duas Estrelas de Davi - amarelas, pregadas nas costas e no tórax, com os dizeres: Jude (judeu), nos territórios anexados ao Reich.

Em 21 de setembro, como primeira etapa da Solução Final, Reinhardt Heydrich ordenou a organização dos Guetos.

Ainda em julho de 1941, Goering determinou que fizessem preparativos e planos para a liquidação física de todos os judeus. O plano denominado "Solução Final", foi posteriormente aprovado em Wannsee -Janeiro, 1942.

Os judeus poloneses foram concentrados nos bairros, cercados com arame farpado, onde vegetavam e morriam de fome e frio.

Até a época da invasão da Rússia, estes centros, denominados Guetos, eram, em geral, instalados nas cidades grandes e aglomeravam também os judeus de cidades e povoados vizinhos. As pessoas viviam, ou melhor, vegetavam, encurraladas, em condições sub-humanas. Isolados do mundo, sem sustento, condenados à morte, pela fome, epidemias, esperavam dias melhores (...)" (Izkor, pg. 14,16 e 17).

3) - GENOCÍDIO
"Com os processos que se seguiram após o término da guerra, vieram a tona as atrocidades praticadas pelos nazistas - barbaridades sem precedentes durante toda a história da humanidade.

Até o revés da Wehrmacht na frente russa, os alemães fuzilavam sumariamente os soldados russos, quando estes eram aprisionados. Em violações flagrantes da Convenção de Genebra sobre prisioneiros de guerra, os poupados dos massacres foram enviados aos campos de concentração. Os outros povos subjugados também pagaram seu tributo, com milhões de pessoas enviadas à Alemanha, onde executavam o trabalho escravo nas indústrias e fazendas.

Mas a meta principal de Hitler era aniquilar os judeus.

Os planos para a eliminação dos judeus foram traçados por Hitler ainda em 1925, em seu livro Mein Kampf. Com a eclosão da guerra, ele passou da teoria à prática. De 1939 a 1941, desde o início da guerra, até a invasão da Rússia, a eliminação era feita por "processo biológico". Os alemães encurralavam os judeus nos guetos. Por falta de comida, medicamentos, roupas e higiene, o organismo sofria de um progressivo enfraquecimento e acelerava a desintegração física. Dessa maneira morreram milhares de judeus, sem a necessidade da intervenção dos carrascos nazistas. As execuções, em menor escala, e as deportações dos inaptos para o trabalho, eram feitas regularmente. Somente no gueto de Varsóvia, até a primeira deportação - 22 de julho de 1942 - morreram 100.000 pessoas de inanição. Nos demais guetos a situação não era melhor...


Com a invasão da Rússia a eliminação assumiu novos rumos. Einsatzgruppen - comandos de extermínio - executavam os judeus de cidades inteiras.

As primeiras matanças, em grande número, ocorreram em Ponary - perto de Vilna (julho, 1941) - e em Babi lar, perto de Kiev (28 de Setembro de 1941), quando foram fuzilados dezenas de milhares de judeus das regiões próximas.

Os destacamentos especiais da RSHA - denominados Eisantzgruppen - acompanhavam as tropas da Wehrmacht exterminando a população judaica ao longo do seu avanço.

Os judeus eram levados para fora das cidades e fuzilados, para serem enterrados em valas comuns ou em pedreiras, homens, mulheres, velhos, crianças, sadios ou doentes.

As terras ocupadas transformavam-se em imensos cemitérios, encharcados com sangue e lágrimas. Muitos desses cemitérios foram descobertos, anos depois da guerra ter acabado (Babi lar - perto do Kiev - é um deles)...


A cifra de mortos aumentava a cada avanço alemão. Em cada cidade conquistada pelos bárbaros do século XX, o número de vítimas se avolumava.

A sede de sangue dos alemães não tinha limites.

Os fuzilamentos eram considerados métodos muito lentos, para essa diabólica tarefa de Hitler.

Começou o Genocídio em massa"... (Izkor - pg. 39,42).

4) - SOLUÇÃO FINAL
"Em dezembro de 1941 começou a funcionar a primeira "fábrica da morte", em Chelmno, perto de Lodz, na Polônia. Os infelizes eram trasladados em caminhões até as fossas comuns. Os caminhões - uma invenção dos gênios do mal - tinham uma carroceria fechada, parecendo-se com caminhões de mudanças. O cano do escapamento ficava voltado para a parte interna, expelindo os gazes que iam se espalhando no recinto fechado. Durante o trajeto, de 15 minutos, todos ficavam asfixiados. Na maioria das vezes, o motor do caminhão enguiçava no meio do caminho e demoravam a recolocá-lo em funcionamento. As pessoas, no seu interior, suplicavam, se debatiam, imploravam, inutilmente, a agonia era lenta e, o motor, só era consertado, às vezes, horas depois...

De dezembro de 1941 até abril de 1942, morreram em Chelmno mais de 40 mil pessoas, a maioria do Gueto de Lodz. Essas execuções, porém, eram consideradas lentas, pelos alemães.

Em 20 de janeiro de 1942, em Gross Wannsee, realizou-se uma conferência, para por em prática as instruções que Goering dera a Heydrich, em 31 de julho de 1941, sobre o extermínio total dos judeus na Alemanha e no resto da Europa. O plano fora denominado "Solução Final".


Nessa conferência estiveram presentes: Heydrich, Eichmann, representantes de todos os ministérios e departamentos interessados e subalternos de Eichmann, incumbidos, posteriormente, de executar a tarefa. Os resultados podem ser resumidos em dois itens:

a) - Os judeus aptos para os trabalhos forçados seriam mantidos vivos, enquanto pudessem ser explorados. Quando enfraquecessem e não pudessem mais trabalhar seriam eliminados.

b) -Todos os demais deveriam ser eliminados, o mais depressa possível, com os transportes prioritários.

Eichmann incumbiu o capitão SS, Kurt Novak, dos transportes. Em 5 de março de 1942 foram concluídos os planos para o extermínio dos restantes 55 mil judeus que existiam na Alemanha; os 20 mil da Boêmia e Morávia, incluindo a cidade de Praga e também os 19 mil restantes em Viena.

Os campos de extermínio foram instalados na Polônia. Os "cientistas" e as grandes indústrias alemãs, recebiam encomendas para elaborar câmaras de gás e fornos crematórios, os mais sofisticados e que tivessem a máxima eficiência e proporcionassem rapidez. A rapidez, propriamente dita, não era para poupar sofrimentos aos infelizes mas sim, para matar o maior número de pessoas, no menor espaço de tempo...

As indústrias químicas, que até hoje gozam de renome mundial, forneciam o gás Zyklon B para matar e matar, até chegarem à assombrosa cifra de 9 milhões de pessoas: 6 milhões de judeus e 3 milhões de outras nacionalidades....

Enquanto as "fábricas da morte" funcionavam, as empresas alemãs compravam os despojos dos extintos... cabelos - para estofamento; alianças e dentes de ouro; ossos moídos com cinzas - para fertilizantes; óculos; sapatos; roupas e tudo o que pudesse ser aproveitado para a "Grande Alemanha"...

Os demônios do século XX criaram os campos de extermínio: Triblinka, Belzec, Sobibor, Auschwitz, Chelmno, Stutthof, Janov - onde milhões de judeus morreram nas câmaras de gás, sem discriminação de sexo ou idade. As "fábricas da morte" atingiram o seu auge em 1942. Neste ano, excluindo-se o Gueto de Lodz começaram a ser liquidados todos os guetos, entre eles, Varsóvia e Bialistok.

De 1942 a 1943, foram deportados da França 100 mil judeus, a maioria para Auschwitz e também os judeus da Holanda, Bélgica, Luxemburgo (julho, 1942).

No verão de 1944, após a invasão da Normandia, pelos aliados, quando o rumo da guerra sofria uma reviravolta contra os alemães e, do ponto de vista estratégico, anteviam-se a derrota dos nazistas, eles ainda arrancaram 400 mil judeus húngaros dos seus lares e os levaram para o extermínio - com poucas exceções - em Auschwitz. Depois fizeram o mesmo com o gueto de Lodz de onde, em agosto de 1944, foram transportados 80 mil judeus para Auschwitz: mais de 70 mil exterminados na primeira leva. Dos 10 mil restantes, 1500 sobreviveram à guerra...

Franz Rudolf Ferdinand Hoess, comandante de Auschwitz, depois de preso, escreveu no cárcere, na Polônia, o seu diário, enquanto aguardava julgamento. Nesse diário ele relatou que, em Auschwitz, foram exterminados 3 milhões de pessoas. 2.500.000 na câmara de gás e 500 mil de fome, doenças e execuções.

Enquanto os aliados avançavam e os exércitos alemães recuavam, a SS não deixava ninguém para trás: os fracos eram liquidados friamente; os mais fortes transportados nos trens de gado e levados para o interior da Alemanha. Os prisioneiros precisavam se arrastar, sem comida e sem água, sombras de homens, esqueletos vivos e quem não podia continuar era fuzilado...

Uma coluna assombrosa, de gente moribunda, marchava como testemunha viva das atrocidades de um povo contra outro povo...

A culpa do genocídio não era somente de Hitler, Goering e Himmler, mas de todos os alemães, desde a mais baixa até a mais alta classe, que pertenciam ao partido nazista. Era também dos simples cidadãos que aclamavam Hitler, nas suas glórias, que obedeciam às suas ordens e também daqueles que apenas o toleravam" (Izkor - pg. 46,48).

Tudo isso foi tão terrível que marcou profundamente o povo judeu. Hoje os judeus lembram-se desta data - e também o mundo - a fim de declararem em uníssono: "Holocausto nunca mais!"

Hoje o poema "Existia um povo... mas não existe mais" nos parece muito apropriado para refletirmos e também lutarmos para que o povo de Israel nunca mais seja alvo de tão cruel barbárie!



EXISTIA UM POVO... MAS NÃO EXISTE MAIS

Itzchak Katzenelson

"Nunca mãe judia embalará seu filhinho. Nunca judeus nascerão. Tampouco morrerão.

Tudo passou! Tudo passou!
Nunca ouviremos os nossos cantores!
Nunca leremos poesias dos nossos poetas, nossos escritores!
Nunca assistiremos nos teatros poemas, óperas e obras líricas
Com riso, alegria, as vezes lágrimas dramáticas.
Os músicos, os pintores, os poetas não criarão mais novidades.
Os Borenstein nunca produzirão em liberdade.
Os judeus não ficarão mais nos mercados pechinchando
Pelo pão de cada dia com suor, esforço e fibra lutando!
Nunca sentirão mais sua própria dor!
Como poderão curar dos estranhos, os sofrimentos e pavor!
E você tolo polonês que traiçoeiramente nos judeus atirou!
E uma das balas perdidas também em você acertou!
E quem lembrar-se-à de você, quando expirar, sem resistir!
E quem ajudará você, depois de tudo acabar, a sua Terra reconstruir?!

E nunca mais brigarão os poucos comunistas
Com massas trabalhadoras das fileiras socialistas!
E vocês Halutzim que sempre foram os pioneiros perfeitos,
Que lutavam para que os judeus tivessem os seus direitos!
Mas também nos seus vários movimentos, em nome da Liberdade,
Vocês, entre si, brigavam em busca da verdade!

Oh, Deus! Não existem crianças judias mais!
Existia um povo... mas não existe mais!
Existia um povo nesta terra e isso é o fim!
Um Moishele não estudará mais Tanah e não colocará mais Tefilim!

Um ato hediondo, pior que inferno, mais fundo que o mar!
Um ato bárbaro, pois vem dos alemães!

Mas não demorará e os maus acabarão uns com os outros,
Vocês serão amaldiçoados e arruinados a si próprios".

Que o eterno nos ajude a consolidarmos a paz e a liberdade sobre Israel!


Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!

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