A Bíblia em Bytes online - Revista Eletrônica http://www.bibliabytes.com.br |

O Tabernáculo (Mikdash em hebraico significa santuário, tabernáculo) nos fala sobre muitas coisas e a principal delas é mostrar-nos a nossa posição em relação à nossa vida para com Deus. Qual é o nosso grau de avanço e de intimidade com o Eterno? Estamos nós em processo de crescimento ou simplesmente nos acomodamos numa determinada posição e lá ainda estamos? Que tipo de pessoas somos? Após nossa conversão, o que aconteceu conosco?
Neste estudo teremos a oportunidade de ver e avaliar nossa posição em relação ao Tabernáculo e o que é necessário fazermos a fim de que possamos crescer e alcançar a plenitude em nosso relacionamento com o Eterno!
O Tabernáculo, assim como o homem é composto de três partes principais: o Pátio, o Lugar Santo e o Santo dos Santos (Visto de fora para dentro). Uma curiosidade é que quando o Tabernáculo era montado, a cada vez que o povo de Israel parava no deserto, ele era montado de dentro para fora, ou seja do Santo dos Santos até o átrio! Já aprenderemos aqui que o Eterno inicia seu tratamento conosco a partir de dentro, daquilo que temos de mais interior: o espírito! As divisões citadas do tabernáculo representam corpo, alma e espírito. E é justamente por causa disso que o Eterno inicia seu processo de redenção no homem a partir do espírito, pois o Espírito de Deus tem comunhão com o nosso espírito nos re-ligando ao nosso Criador!
Já após nossa conversão, a evolução do homem em sua caminhada para com o Eterno acontece de fora para dentro. Nossa caminhada tem início pelo pátio em direção ao Santo dos Santos.
O pátio era o local mais exterior do Tabernáculo. Era totalmente descoberto e compunha-se de três elementos: a porta, o altar e a pia.
A porta: A porta é o local por onde entramos no Tabernáculo! Não se pode entrar ali por outro lugar. A porta é Yeshua (Jesus) Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens (Jo 10:9). A porta do Tabernáculo ficava virada para o leste, o lado onde nasce o sol. Quando o dia nascia a primeira coisa que viam era o nascimento do Sol da Justiça! Yeshua (Jesus).
Isto nos fala de nossa primeira experiência com o Eterno: a Salvação! Quando passamos pela porta (Jesus), saímos do mundo e entramos numa nova vida. Nossa vida recomeça então a partir do zero, pois iniciamos uma nova caminhada, só que agora com Deus. Nosso objetivo e alvo é crescermos até a estatura de varão perfeito em Cristo.
O altar: o altar é o local de morte. É ali que nossa vida é colocada como um sacrifício para Deus. No altar nós morremos para as nossas próprias convicções, vontades, desejos, expectativas, etc... No altar morremos para a nossa vida a fim de podermos viver uma nova vida para com Deus. No altar tem fim o velho homem. O desejo do coração do Eterno é que, após termos um verdadeiro encontro com Ele, possamos verdadeiramente morrer. Quando o sacrifício queimava, subia um cheiro que se desprendia da vítima! E é isso que o Eterno espera, que quando nossa vida for a ele oferecida, possamos liberar um cheiro suave a fim de agradarmos ao Senhor! Assim queimarás todo o carneiro sobre o altar; é um holocausto para o Senhor, cheiro suave; uma oferta queimada ao Senhor (Êx 29:18).
A pia: A pia nos fala sobre mais um aspecto da vida cristã: o batismo. Após a nossa morte, agora temos de consolidar nossa vida cristã testemunhando de forma plena a experiência da conversão. Por isso a pia nos fala de limpeza, onde os pecados são lavados publicamente e somos integrados a uma nova realidade. Tipifica nossa morte e ressurreição a fim de vivermos uma nova vida com Cristo.
De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida (Rm 6:4).
O Pátio: O pátio ficava na parte mais exterior do tabernáculo e era descoberto. Isso significa que quem está ali (e a maioria dos crentes ainda estão no pátio) está exposto às intempéries do tempo - sol, chuva, ventos, etc... além de tipificar a primeira experiência que todo homem deve ter para com Deus. Essa experiência é fundamental, porém ainda é parcial. Não é algo profundo, que possa realmente impactar a vida do homem. Esta fase nos fala que o pátio é somente uma parte do caminho a ser percorrido!
O Lugar Santo é uma fase mais interior do Tabernáculo e ele representa a alma. É ali que adentramos na presença do Eterno, pois todos os mobiliários do Lugar Santo são de ouro. E o ouro nos fala da divindade, nos fala da realeza e da eternidade!
A Mesa dos Pães: A mesa dos pães nos fala do alimento que provém do Eterno a fim de saciar nossa fome. Mas o que é o pão? Em primeiro lugar, o pão é a Palavra do Deus Eterno, que nos foi dada a fim de saciar a fome de nossos espírito por Deus. Em segundo lugar, o pão é o próprio (Yeshua) Jesus, que disse: E Jesus lhes disse: eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede (Jo 6:35). Um detalhe interessante é que os pães eram colocados em duas fileiras de seis, perfazendo um total de doze pães. Já isso nos fala das doze tribos de Israel. O Eterno nos ensina que o pão que alimenta (o verdadeira) viria das doze tribos de Israel (a palavra e o próprio Jesus).
A Menorá: A Menorá é a outra coisa que vemos no Lugar Santo. A palavra Menorá é um acróstico de Zc 4.6, que diz: ...Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos (Zc 4:6). Então a Menorá nos fala de várias coisa, como por exemplo: tudo o que conseguimos ou é feito no reino de Deus deve ser obtido pelo mover do Espírito. Nunca pela força ou por violência! A Menorá nos fala ainda da presença do Espírito Santo em nossas vidas! Isso nos lembra que a Menorá era alimentada pelo óleo, que nos fala da unção do Eterno sobre nossas vidas. Já o fogo nos fala da iluminação que precisamos a fim de caminharmos com Ele. Iluminação em nossa vida e também na Palavra, que somente nos pode ser revelada se o Espírito de Deus iluminá-la para nós!
O Altar de Incenso: O Altar de Incenso nos fala sobre nossas orações. Aqui é que acontecem as verdadeiras orações do crente! Aqui ele não ora mais segundo seus desejos carnais. É no Lugar Santo que suas orações são feitas no Espírito! Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas... (Fp 1:4). Aqui as orações não são um peso, elas se transformam em prazer! Elas são acompanhadas da verdadeira adoração e louvor! Há uma diferença muito grande deste tipo de oração para a oração que é feita no pátio! Enquanto que no pátio oramos sem entendimento, no Lugar Santo nossas orações são dirigidas pelo Espírito Santo. Enquanto no pátio oramos para satisfazermos a nós mesmos, no Lugar Santo desejamos satisfazer os desejos do coração do Deus Eterno! Aqui há realmente uma nova dimensão da oração do crente!
Este é o lugar mais interior do Tabernáculo. Ali há somente a arca e a presença do Eterno! Ali tudo pára: o tempo, nossa vida, nossos anseios e finalmente poderemos desfrutar da presença do Pai e receber d’Ele aquilo que está em seu coração.
O véu: O véu é a única coisa que separa o Lugar Santo do Santo dos Santos! E como fazer para entrarmos no Santo dos Santos? O véu nos mostra que a barreira é muito fina, mas que somente poderemos entrar ali pela oração! A oração é a chave para penetrarmos na doce presença do Altíssimo! Com a morte de Jesus, algo aconteceu: E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo (Mc 15:38). Agora temos livre acesso à presença do Eterno!
A Arca da Aliança: A Arca da Aliança é o objeto mais sagrado de todo o Tabernáculo, e é sobre a arca que o Eterno se manifestava em Israel. Ali é o lugar onde Ele vinha para falar com Moisés e com seu povo! Dentro da arca haviam três objetos:
As Tábuas da Torah: Isto nos fala da Palavra do Eterno Deus que nos foi dada como uma dádiva a fim de que o conheçamos. Esta não é uma Palavra comum. Aqui estão as tábuas que Ele mesmo havia escrito e dado ao povo! Isso tipifica a pureza da Palavra, escritas em tábuas lavradas por Moisés, porém com o conteúdo divino!
O maná: O maná nos fala do alimento diário que foi dado por Deus ao seu povo enquanto caminhavam no deserto durante quarenta anos! O alimento era diário, mostrando-nos que a cada dia nos dá o Senhor a sua porção! Outra coisa interessante é que este alimento originava-se do céu. Era o pão dos anjos que fora dado ao povo a fim de se alimentarem! Novamente aprendemos que o Eterno nos dá o alimento diário e se preciso for seremos socorridos pelo alimento celestial, trazido pelos próprios anjos a fim de não perecermos! Durante todo o período de provação no deserto seremos alimentados e cuidados pelo Senhor!
A vara de Arão que florescera A vara nos fala da autoridade conferida a alguém. Esta autoridade fora colocada diante do Eterno e floresceu! Ou seja, nossa autoridade quando colocada diante do Eterno brota, aparece para que todos vejam e saibam que nosso ministério foi realmente dado a nós por Deus!

Baruch Há Shem!
Bendito seja o Nome!
Nenhum comentário:
Postar um comentário